terça-feira, 31 de março de 2009

Lovemarks

"Não se pode ganhar o coração dos clientes se não se tiver coração" Charlotte Beers, de J. Walter Thompson


Lovemark é uma técnica que tem como objectivo criar um tal nível de empatia entre consumidores e marcas para que estas sejam amadas e se tornem uma extensão da individualidade de cada um. Deste modo, os consumidores estão tão ligados às marcas que não as dispensam e são insubstituíveis, sendo que, muitas vezes, o produto/ serviço passa para segundo plano, é apenas o suporte da marca. A marca tem uma personalidade própria que as distingue das demais e que a torna única. Essa personalidade é desenvolvida pela identidade (Aaker, 2007). Personalidade e coração, como refere a citação de Beers, são características humanas que precisam passar para a marca. Deste modo, o lado humano e, portanto, emocional é extremamente importante.

Para que tal seja possível, é necessário investir em comunicação. As lojas, o site, eventos, meios de comunicação social, o preço, entre outros, tudo comunica e tudo deve estar em conformidade com a identidade da marca. Por exemplo, na loja, a experiência, o prazer da compra da compra é extremamente importante: "The drama of Lovemarks can be brought to life in the store. They can transform the shopping enviornment into a Theater of Dreams and the shopping into a delight."(Roberts, 2005).



Adidas cria toda uma experiência à volta da compra. É o sonho de qualquer um ir a uma loja e comprar exactamente o produto que deseja de forma original!


Uma lovemark conta uma história. Enquanto não houver história não há marca. Como tal, tem as suas personagens e os seus cenários que se vão desenvolvendo em torno de sonhos, símbolos e metáforas, tornando-as misteriosas (Robert, 2005) e, por isso, atraentes. Porém, as histórias das lovemarks não se constroem da noite para o dia, é preciso tempo (Holt, 2004). Os fans vão chegando com o tempo, pelo que, uma lovemark não é uma marca amada por uma pessoa, mas por uma legião, é algo superior à marca.



Disney, a marca dos sonhos de pequenos e graúdos que nos transporta, constantemente para imaginários idílicos de príncipes e princesas. Sem dúvida uma lovemark, ou não receberia milhares de visitantes nos seus parques, nem os seus filmes seriam tão apreciados. Comemoração dos 50 anos, tempo bem aproveitado para continuar a atrair os mais jovens e manter os mais velhos.



A marca também tem de ser sensual e seduzir o seu público-alvo constantemente. Perceber quais são os seus desejos e anseios e como preencher essa lacuna para que nunca mais seja "possível viver sem a marca."

Uma marca que, apesar do seu sucesso, continua a comunicar e a contar histórias. Coca-Cola é única.


Segundo Kevin Roberts, para que uma marca seja considerada uma lovemark tem de obedecer a dois critérios: ser respeitada e amada. O respeito prende-se, essencialmente, com os benefícios funcionais da marca, ou seja, o consumidor reconhece valor em termos de performance, com a reputação e confiança (estes três elementos estão todos interligados, sendo consequência uns dos outros). Por outro lado, a marca tem de gerar paixões e, aqui, está-se ao nível dos benefícios emocionais, tornando a marca íntima do consumidor. A parte emocional é aquela que vai tornar a marca insubstituível e única. Esta passa a ajudar a expressar a identidade dos sujeitos. Porém, tal só é possível se o produto/ serviço que tem por base da marca for reconhecido como algo de valor, se tiver boa reputação e se for de confiança, originando respeito; maus produtos/ serviços não geram lealdade (Robert, 2005).

Expelos de Lovemarks: Apple, Coca-Cola, Harley Davidson, Nike, Adidas, Disney.


Vantagens

A grande vantagem desta técnica é o facto do consumidor respeitar e amar a marca que esta se torna tão intrínseca que o mesmo se torna fiel. É este o objectivo de todas as marcas. "Lovemarks reach your heart as well as your mind, creating an intimate, emotional connection that you can't just live without. Ever." (Roberts, 2005).


Desvantagens

Por outro lado, como principais desvantagens, apontam-se o custo e o tempo. É muito dispendioso, visto ser necessário um grande investimento em comunicação constante, para que se tenha acesso à marca, bem como para criar uma relação. Estas relações levam tempo a sedimentar, visto que uma história precisa de tempo para ser contada.




Bibliografia


Livros

AAKER, David A., JOACHIMSTHALER, E.; Liderança de Marca; Público; 2007
HOLT, Douglas B.; How Brands Become Icons: The Principal of Cultural Branding; Harvard Business School Press; 2004;
ROBERTS, Kevin; The Future Beyond Brands - Lovemarks; Power House Books; 2005


Sites

Lovemarks

Marketing Digital

Antes de mais parece-me pertinente esclarecer o conceito de digital. Algo que é digital significa que está em representação numérica, através de manipulações algorítmicas e funções matemáticas (Manovich, 2001). Tal factor confere progamabilidade, algo que possibilita, entre outras coisas, filtrar informação tornando a busca pelo que realmente se pretende mais eficaz e eficiente, sem perda de tempo. Deste modo, toda a estratégia de marketing que passe por estes novos meios de comunicação, designa-se Marketring Digital.

Exemplos de New Media:
  • Internet, ou seja, world wide web (webpages, web 2.0 - redes sociais, youtube, second life, etc.), e-mail, irc (internet relay chat), ftp (file transfer protocol), newsgroup, videoconferência, acesso remoto, voip (voice over IP), iptv (internet protocol televesion)
  • SMS's e MMS's
Como suportes dos New Media pode referir-se o computador, o telemóvel ou a televisão.
Das principais técnicas de Marketing Digital apresenta-se:
  • E-Marketing
  • web Marketing
  • Marketing Interactivo
  • E- Commerce
  • Marketing Viral
  • E- Communication
No que diz respeito à Internet, o facto de a marca estar presente neste meio, através de um website, já é uma forma de Marketing Digital (E-Marketing). Porém, websites só por si não interagem. Por exemplo, uma página de Internet como a da Fnac dá a possibilidade ao consumidor de filtrar a sua pesquisa através do preço ou da categoria de produtos. Também, é possível adquirir produtos (E-Commerce - transacção) ou recomendar os mesmos a amigos (Marketing Viral). A marca também comunica promoções (E- Communication) e possibilita aos indivíduos deixar testemunhos sobre os produtos (Marketing Interactivo).

Os requisitos para ter sucesso na Internet são: qualidade de informação; fácil acesso aos conteúdos (user friendly), visto que os consumidores não querem perder tempo; fácil acesso ao próprio website; actualizações constantes de informação; motivos para o utilizador voltar regularmente (fóruns, jogos, por exemplo); registo do consumidor no website (de forma a que os mesmos tenham, a partir daí, uma informação filtrada, de acordo com os seus interesses, podendo sentir-se exclusivo). Através do registo, que permite usar outro serviço de Internet como o e-mail para contactar o consumidor, a marca fica com os dados do cliente, o que lhe permite criar uma base de dados, sendo possível uma boa recolha de informação.

Website da Amazon: registando-me no site, tenho acesso a outro tipo de conteúdos que estão relacionados com interesses semelhantes. É apresentada a mensagem: "Customers with similar searches purchased". Desta forma, a marca propõe produtos do interesse dos useres. (clicar na Imagem para ver melhor)

Os websites das marcas devem aspirar ser globais, visto estarem disponíveis 365 dias por ano, 24h por dia. Porém, atingir a globalidade não é fácil, pois as marcas devem centrar-se num público-alvo específico (Strauss et al, 2002; Wind et al, 2001).

As redes sociais, web 2.0, começam a ter um grande destaque, especialmente ao nível de estreitar relações com consumidores e potenciais consumidores. As marcas podem criar um perfil e adicionar indivíduos, de modo a conhecê-los melhor para que serviço, produto e marca vá mais de encontro ao que desejam. Outra vantagem das redes sociais é o facto das pessoas inserirem inúmeros dados delas próprias, como gostos pessoais e interesses, algo de muito útil para a criação de uma poderosa base de dados das marcas.



Uma visita pelo Second Life, um jogo virtual, onde as marcas não querem deixar de estar presentes, pois os jogadores, ou avatares, também precisam de produtos/ marcas, sendo que estas estão sempre presentes no nosso quotidiano. Além disso, no Second Life, é possível, testar produtos novos, promover marcas,
e mais, o utilizador pode personalizar um produto (como o par de ténis da Reebok que aparece no vídeo) e caso queira um par igual pode tê-lo na realidade! Esta funcionalidade ainda só está disponível nos Estados Unidos.



As SMS's podem ser consideradas um veículo de Marketing Digital sempre que o cliente recebe no telemóvel uma mensagem com a informação de uma promoção, por exemplo.

Exemplo de uma marca a enviar uma promoção, através de SMS. É, praticamente, garantido que lê a mensagem. Além disso, a mensagem é personalizada, tem o nome do cliente.


Vantagens

Esta nova tecnologia de informação é uma grande vantagem, pois, pelos motivos acima referidos, permite conhecer melhor o público-alvo, fortalecer relações, conquistar novos clientes., promover a marca e testar produtos. Num mundo cada vez mais competitivo, e onde o acesso a estes novos meios é cada vez mais acessível, ganhando terreno no que diz respeitos aos meios tradicionais, é impreterível estar presente. Além disso, é um meio com custos muito inferiores aos tradicionais. Quando bem explorado pode fazer toda a diferença.


Desvantagens

Porém, muitas vezes as técnicas de Marketing Digital, como o Marketing Viral, podem ser confundidos como SPAM e o indivíduo nem prestar atenção à mensagem. A praga da Internet, os hackers, é muitas vezes difícil de combater. No que diz respeito ao E-Commerce, este pode não ser fácil: primeiro porque "não se pode mexer" nos produtos, experimentar e por outro porque existe sempre o receio de pagar por algo que não se vai receber. Em relação a grandes marcas, como a Amazon ou Fnac esse receio é atenuado, mas continua sempre a possibilidade de acontecer algo à encomenda.



Bibliografia

Livros

MANOVICH, Lev; The Language of New Media; The Mit Press; 2002
STARUSS, Judy, EL-ANSARY, Adel, FROST Raymond; E-Marketing; Prentice Hall; 2002
WIND, Jerry; MAHAJAN, Vijay; Digital Marketing - Global Strategies From The World's Leading Experts; Wiley; 2001





segunda-feira, 30 de março de 2009

Marketing Viral, uma forma de Marketing Digital

Marketing Viral é uma forma de Word of Mouth, mas através da Internet. É a passagem de conteúdos a um ou mais contactos que, por sua vez, caso reconheçam que é de interesse reenviarão a informação a outros e assim sucessivamente, dando-se uma propagação exponencial. "Is an attempt to deliver a marketing message that spreads quickly and exponentially among consumers. Today, this often comes in the form of an email, message or video"(Balter, 2004). Porém, referir que a mensagem é passada através de e-mail é muito redutor. Sweeney propõe três formas de utilizar esta técnica:


Word of Mouse (visto ser através do click) - Apresentado, geralmente, nas webpages em que através de um simples click é possível passar a informação a outras pessoas. São as célebres frases "Diz/ recomenda a um amigo" ou em inglês "Tell a friend about this porduct / share this information with a firend"

Fnac, através da mensagem "Recomendar a um amigo", incentiva a passar a informação a outros contactos. (clicar na imagem para ver melhor)

Pass it on - Quando se encontra (ou recebe) um vídeo, um jogo, um artigo (como por exemplo, newsletters) ou se recebe um e-mail que se ache muito interessante e se quer partilhar com outros contactos. Aqui, não há a funcionalidade do click como no anterior. Não é, por isso, uma forma exclusiva dos websites, é o próprio indivíduo que reenvia a informação que encontrou sem que seja induzido a tal (a não ser pelo conteúdo interessante da informação).



O filme publicitário tem 2:09min, algo impossível para os meios de comunicação tradicionais. Esta publicidade é cativante pela originalidade. Recebia-a na minha caixa de e-mail quando a campanha foi lançada e, também eu, a repassei aos meus contactos.

Product Service Based - Sempre que uma ferramenta está disponível, sem que seja preciso pagar. Por exemplo, os cartões de felicitação ou uma conta Hotmail. No primeiro exemplo, o Marketing Viral está presente quando o receptor, para além do cartão, recebe uma mensagem para retornar outro à pessoa que enviou. Esta mensagem é da autoria da empresa que tem o website com esta funcionalidade. O caso do Hotmail é exemplo máximo de sucesso do Marketing Viral: na recepção de um e-mail de um contacto cuja conta fosse Hotmail aparecia sempre uma mensagem para que mais pessoas criassem uma conta no mesmo.

Cartões de Felicitação virtuais com mensagens que encorajam o indivíduo a enviar para os seus contactos. (clicar na imagem para ver melhor)


Mais uma campanha do Hotmail de Marketing Viral. (clicar na imagem para ver melhor)




Vantagens


É uma forma barata e que não acarreta grandes custos para que a mensagem seja passada muito rapidamente. Pode ser extremamente eficaz visto que cada pessoa tem um grupo de contactos, partilhando todos algo em comum (amigos, família, colegas de trabalho, etc.) e, consequentemente, a influência será maior. É mais uma opção de comunicação,diferente dos canais tradicionais, que pode não só trazer mais consumidores como alimentar a relação com os existentes.


Devantagens

É difícil atingir o sucesso do Hotmail, sendo este um case study. O indivíduo, muitas vezes, associa a mensagem a SPAM ou simplesmente deixa de lhe prestar atenção, visto ser invadido com inúmeras mensagens do género. No que diz respeito aos websites, a não ser que o conteúdo seja apelativo para o indivíduo, provavelmente, ele não irá repassar a informação. Visto depender de pessoas exteriores à marca para a mensagem ser disseminada, esta pode parar a contactos que não são de interesse da mesma, não existindo grande controlo, ou que não fazem parte do seu público alvo (o que torna a segmentação algo impossível). Além do público-alvo poder não ser o da marca, também existe a probabilidade dos indivíduos atingidos serem pessoas com o qual a marca não pretende, de modo algum, estar associada (witiger).

Deste modo, é impreterível que surjam estratégias de modo a encorajar os consumidores a disseminarem a informação. Estas devem ser divertidas, interactivas e criativas.


Bibliografia


Livros

SALZMAN, Marion, MATATHIA, Ira, O'RAILLY, Ann; Buzz - A Era do Marketing Viral; Cultrix
SWEENEY, Susan; 101 Ways to Promote Your Web Site; Independent Publishers Group; 2006

Sites

Dave Balter
Mcyclopedia
Outsource Strategies International

Witiger

Buzz Marketing

Buzz é uma palavra de orgiem anglo-saxónica e tem como definição: "If a group of people or a place is buzzing, people are making a lot of noise because they are excited" (Longam, 1995). Nesta perspectiva, Buzz Marketing é uma técnica que tem como principal objectivo criar motivos para que se fale da marca (Balter, 2004). Deste modo, é essencial, como refere George Silverman, "Getting people to talk often, favorably, to the right people in the right way about your product". Neste ponto, a técnica Buzz Marketing toca a técnica Word of Mouth (WOM) e Marketing Viral. Porém, estes três conceitos não devem ser confundidos. Word of Mouth, ou em português, o passa a palavra, e Marketing Viral são uma consequência do Buzz Marketing, ou seja, fala-se ou reenvia-se e-mails, por exemplo, porque se criou uma atmosfera para tal. Assim, de acordo com todos os autores que pesquisei, e embora nenhum o refira, cheguei à conclusão que criar Buzz é criar atmosferas . Pretende-se, então, proporcionar atmosferas de diversão que espelhem a identidade da marca, que surpreendam, pela positiva, o público-alvo, para que se dê origem ao Word of Mouth ou ao Marketing Viral. Embora Silverman descreva os benefício do WOM, não faz alusão que para tal é essencial criar Buzz. Balter, por outro lado, é o único autor que clarifica as diferenças entre Buzz Marketing, WOM e Marketing Viral.

Para que surja Buzz é necessário que a comunicação seja feita no local mais apropriado tendo em conta o público-alvo que se pretende atingir, seja um evento em sítios públicos, dentro da loja ou através da Internet.


"O Buzz Marketing muitas vezes envolve eventos, contatos pessoais, distribuição de amostras, festas - ou seja, encontros genuinamente interactivos. Quando o consumidor tem a oportunidade de entrar em contato tridimensional com um produto, sem dúvida conserva dele uma lembrança ou associação mais duradoura." (Salzman). Deste modo, quanto mais o acontecimento surpreender o público-alvo mais WOM surgirá, sendo esta a melhor publicidade que a marca pode ter. Além das pessoas, os meios de comunicação também poderão espalhara notícia a custo zero, basta que o Buzz lhes chame à atenção. Exemplos, de Buzz Marketing de sucesso é o Red Bull Air Race ou Richard Branson, ícone da Virgin, que está sempre a surpreender. No primeiro exemplo a marca aproveita a sua identidade, red bull dá-te asas, para organizar um evento, neste caso, uma competição, com os melhores pilotos de air race em diversas cidades do Globo (Porto, Rio de Janeiro, Barcelona, San Diego). Existe, ainda, uma webpage exclusiva para este evento, onde os interessados podem ter acesso a toda a informação. Em relação à Virgin, muitos são os exemplos, criados por Branson, que geram Buzz à marca; como a descida de balão aerostático em 1966, em Times Square, para a inauguração da Virgin Megastore.




Red Bull Air Race e Richard Branson: dois exemplos de como criar Buzz de sucesso. Branson eleva-se no ar para promover a companhia de telemóvel da Virgin; apresentou-se nu, em plena hora de ponta, em Times Square. Salzman, refere que é preciso chocar, sem dúvida que Richard Branson consegue atingi-lo pela positiva, indo sempre de encontro à identidade da marca. No primeiro caso o investimento foi avultado, já no segundo, os gastos foram reduzidos.



Competição Red Bull Air Race no Rio de Janeiro: os dados estão lançados, pura adrenalina. É impossível não falar deste evento, visto que se realizará nos céus de uma grande cidade.



Vantagens


A grande vantagem desta técnica é, como foi supradescrito, a atmosfera que se gera à volta da marca. São acontecimentos que criam, não só motivos para que se fale da marca, como também fortalece a sua identidade junto do público-alvo. Esse fortalecimento, não diz só respeito à identidade, mas também às relações com o público-alvo. É possível criar Buzz com pouco investimento, basta ter imaginaição.


Desvantagens

Por outro lado, é preciso ter cuidado com o tipo de Buzz que se gera. Primeiro porque não existe controlo sobre o que as pessoas dizem, depois porque esta técnica pode ter um efeito perverso quando mal aplicada. Um evento que seja organizado à volta de um novo produto de uma marca e que crie expectativas que mais tarde sejam defraudadas, vai proporcionar um clima de insatisfação que, no seu limite, pode arruinar esse produto, ou até mesmo a marca pela descredibilização. Construir uma marca leva tempo, arruiná-la não. Reconstruí-la pode ser uma tarefa quase impossível. Quando as pessoas não ficam satisfeitas com uma marca, estão mais que motivadas para falar da sua experiência (através do WOM ou do Marketing Viral).



Bibliografia

Livros

KELLY, Lois; Beyond Buzz: The Next Genoration of Word of Mouth; Amacom; 2007
Longman Dictionary; 1995
SALZMAN, Marion, MATATHIA, Ira, O'RAILLY, Ann; Buzz - A Era do Marketing Viral; Cultrix
SIVERMAN, George; The Secrets of Word of Mouth; Amacom; 2001


Sites

Dave Balter

domingo, 29 de março de 2009

Marketing Tribal

Uma tribo é um conjunto de pessoas que têm algo em comum, seja a maneira de pensar, hábitos, experiências ou simplesmente um factor único. As pessoas associam-se em grupos pelos quais sentem afinidade e assim sendo, uma pessoa não é exclusivamente de um grupo, mas de uma infinidade.

Os consumidores são, muitas vezes, vistos como agentes passivos ao consumo. Porém, os consumidores enquanto tribo têm uma identidade própria, exclusiva do grupo com rituais únicos alterando o significado e valor próprio dos produtos, muitos deles utilizados nesses mesmos rituais e costumes. Cova refere que tal deve-se ao facto de o ser humano ser um ser social que vive inserido numa comunidade com história e tradição. Existe, por isso, um contexto que não deve ser esquecido (Cova et al, 2007). Porém, Luís Rasquilha contrapõe, referindo que "É de notar que neste caso específico (de marketing tribal), que os critérios socio-demográficos passem para segundo plano, e que os critérios psico-gráficos sejam o motivo de maior incidência e estudo".



Diferentes tribos que partilham algo em comum, quer seja a profissão, religião, estilo de vida, filosofias, um momento sazonal de diversão ou simplesmente o gosto por um alimento.

Os objectos usados a
lém de conferirem liberdade aos indivíduos fortalecem as relações numa mesma tribo. Nesta perspectiva, Luís Rasquilha refere ainda que, "O marketing tribal aposta na vertente de consumo sagrado em oposição ao consumo mundano (...) daí se tornar um consumo restrito, personalizado, como se dum ritual se tratasse." Cabe aos Marketeers perceber que tipo de produtos ou serviços pode ser do interesse de determinado grupo, tendo em conta os factores acima descritos, apelando essencialmente ao lado emocional dos mesmos.



Sem dúvida, Harley-Davidson é sinónimo de marca sagrada para a tribo dos motoqueiros. No anúncio é referido tudo aquilo em que esta tribo acredita, como se fosse uma oração, pois no final é dito "Amen". O aglumerado de motoqueiros faz alusão a uma procissão. Deste modo, conduzir uma Harley-Davidson é mais que um modo de vida, é algo sagrado.

O
s indivíduos, muitas vezes, sentem que são vistos como fonte de rendimento, e não como indivíduos cujas marcas tentam encontrar produtos para solucionar problemas. (Sticky Figure). Contudo, as pessoas confiam nos indivíduos da sua tribo e caso o produto satisfaça os anseios de quem o consome a mensagem será passada para os restantes indivíduos da tribo, através o Word-of-mouth (slingshot).

As
redes sociais na Internet são um bom estudo para as empresas perceberem em que tipo de grupos estão os seus consumidores e qual o factor (ou factores comuns) que os liga, quais os seus problemas, que desejam, que interessem têm, entre outros. Pretende-se estreitar relações, mais que vender produtos ou serviços no curto prazo. Um relacionamento baseado na confiança é um dos passos mais importantes para estreitar relações entre marcas e consumidores, para que estes se tornem fiéis, pois é mais dispendioso angariar, constantemente, novos clientes que manter os existentes. Assim, por exemplo, pretende-se que a tribo Y, sempre que praticar o ritual W utilize a marca X.



Sempre que os Portugueses (tribo) estiverem a assistir a um jogo de futebol (ritual) da selecção vão consumir Sagres Zero (marca), pois dará sorte (mais uma vez o sagrado está presente). Neste caso, é notório que não só estão presentes os motivos emocionais (a paixão pelo futebol ou por uma equipa), como também os socio-demográficos (existe um contexto, pertence-se a uma nação).







Uma campanha que conseguiu unir várias tribos sem que tal parecesse desapropriado, apelando ao sabor do produto, independentemente do estilo de vida que se tenha. Os aspectos psico-gráficos, ou seja, o lado emicional desempenha um papel priomordial na elaboração deste anúncio.




Vantagens

O marketing tribal é muito útil para a segmentação, pois permite agrupar os indivíduos por "categorias" (as tribos), concentrando-se no que une esses indivíduos. Oferecendo produtos e serviços que vão de encontro à tribo é possível criar laços fortes entre marca e a mesma e, desse modo, fidelizar.


Desvantagens


Como desvantagem apresenta-se o facto das tribos, por vezes, serem grupos restritos o que dificulta, por um lado, a aceitação de novos produtos, mas por outro, caso um produto seja aceite, como estará vinculado a determinada tribo, pode ser rejeitado pelos restantes indivíduos e a marca perde potencial crescimento. Se o produto ou serviço defraudar as expectativas da tribo ao qual de dirige, será difícil que a marca volte a ser aceite pela mesma.





Bibliografia



Livros


COVA, Bernard, KOZINETS Robert, SHANKER Avi; Consumer Tribes;
Butterworth-Heinemann; 2007


Sites

Dictionary of Marketing
Luís Rasquilha
Pharma Marketing
Slingshot
Stiky figure





quarta-feira, 18 de março de 2009

Mood Board # II - Escolha do Tema, Elaboração e Justificação


Mood: Sensível


Justificação


A escolha das imagens baseou-se na empatia que sentia com as mesmas, tendo em conta o tema do mood board. Foi algo fácil, visto ser uma característica marcada na minha personalidade, embora não a única.

As imagens representam diferentes formas de sensibilidade: sensibilidade à tristeza (criança africana), à natureza (campo e animais), à fragilidade (crianças), à delicadeza (pétalas e plumas), ao próximo (o símbolo das mãos), à perfeição e ao detalhe (gotas em forma de lágrima), aos sentidos (leitura em braille), ao belo (campo com as flores) e à alegria (nascimento de um bebé). São todas estas formas que fazem parte da minha sensibilidade e que me caracterizam.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Técnicas a desenvolver

  • Marketing Viral
  • Marketing Tribal
  • Buzz Marketing
  • Lovemark
  • Marketing Digital

sexta-feira, 13 de março de 2009

Mood Board # I - Exemplos e Definição

Embora tenha sido encontrado na net, identifico-me muito com este mood board. Ao olhar para ele sinto-me em paz e lembra-me a Natureza. Este mood board foi feito com base no Feng Shui. Poderia ser elaborado por um criativo para uma campanha de um produto alimentar, estética que fosse de origem natural/ biológico, por exemplo. (relaxing plant)
Este mood board transmite o ambiente de ArtDeco, como refere, aliás, na imagem. Poderia servir para dar uma ideia de um decor de um filme, por exemplo. (simon fullers)
Mood board elaborado por alguém que trabalha em moda, um estilistia, por exemplo, que desenhe roupa para um marca. Assim, toda a roupa seria insipirada neste mood board. (cjfold)


Definição Mood board

Traduzindo à letra, um mood board é uma representação, essencialmente, gráfica de um estado de espírito e/ ou sentimento num quadro. Um estado de espírto e/ ou sentimento têm inúmeras interpretações e infinitas maneiras de serem representados (wisegeek) e, como tal, através de um mood board é possível ter uma ideia mais visual e, portanto, mais concreta do que se pretende. Deste modo, é mais fácil transmitir essa mesma ideia.

O mood board pode ser elaborado através de imagens retiradas de revistas, fotografias, texturas, quadros, cores, tecidos, postais, algum texto, por exemplo. Serve de inspiração a criadores de moda, decoração, design, marcas ou simplesmente para uso próprio.

Em termos profissionais pode ser uma forma muito útil de, por exemplo, designers expressarem as suas ideias a clientes antes de avançarem com o desenvolvimento de um projecto. Assim, o risco do cliente não gostar do que o designer tem em mente é menor (wisegeek).

Uns autores defendem que um mood board não é um depósito de tudo o que é encontrado (Cresswell, 2004) e outros que as escolhas não devem ser racionais (apartment). Deve haver, por isso, um meio termo: interessa tudo com o qual o indivíduo sinta empatia, se identifique em relação ao sentimento, estado espírito que deseja expressar.


Bibliografia

Livros

CRESSWELL, Leseley; Understanding Industrial Practices in Textiles Technology; Nelson Thornes, pp. 115, 2004

WALLACE, Doug; RAGGETT, Isobel; AUFGANG, Joel; Extreme Programming for Web Projects; Pearson Education, pp.78-79, 2003

Sites

AQR
Apartment
cjfold
Relaxing Plant
Simon Fullers
Wisegeek








quarta-feira, 4 de março de 2009

Criar

A perfeição é algo inatingível, pois quanto mais se sabe mais imperfeitas as coisas se tornam.
A imperfeição é o estado motivador para fazer sempre melhor, para criar sempre mais e melhor. A sabedoria a ferramenta que permite evoluir.